Aniversariei, dia desses. Tive festa, presentes, bolo, docinhos (comestíveis, se em sentido figurado se coloque). Tive brigas, fins, começos, recomeços. Gostei, fui gostada; quis, fui querida. Sou querida, quero, amo. Tudo muito intenso e mágico em longas e curtas horas findas.
Tenho paixão por aniversários. Não pelas festas em si; aquelas com balões e família, criancinhas correndo, avós sentados, tios enchendo a cara; não. As festas de que gosto são as dos olhos, dos corações sinceros. Essas são as festas que acontecem com pouca gente: dez pessoas, cinco, duas, uma pessoa, você. Eu comemoro - e não passo sem isso - os meus aniversários com quem quero e como quero. Ora, vamos, aniversário é só uma vez por ano! Quero estar com quem me faz vibrar, transbordar de amor...
Mudei de década, agora. Já não mais pertenço à mesma velha fase. Disseram-me muitos: "está na flor da idade!". Disse-lhes eu: "na flor estamos todos, basta que queiramos"... Pensei nisso e mudei de idéia: acho que na flor não estamos, não. A flor é o resultado final de muitas etapas. Semeia-se, germina-se muita coisa. Em botão tudo é mantido até que surja afinal a bela flor. Não quero estar em flor assim, tão já. A flor não dura tanto quanto quero que dure eu! Quero ser flor, sim, num dia de hoje distante. Daí, desse dia de flor, vou começar a me despetalar por aí e espalhar meu pólen até que o tempo, senhor de todas as coisas, me transforme em simples perfume do que um dia existi. Mas por enquanto não. Por enquanto sou botão fechado, que só se abre de vez em quando para espiar lá e cá. Quero ser botão, meu caro. Receber e absorver cada raio de sol e gota de orvalho; sobreviver às lagartas e insetos; dançar com o vento, sentir o calor e o frio. E enfim receber satisfeita o beija-flor, quando ele vier.
Aniversariei. Aniversariar me deixa poética - mas uma poetisa daquelas bem fajutas, que não sabe direito como terminar um texto.
Tenho paixão por aniversários. Não pelas festas em si; aquelas com balões e família, criancinhas correndo, avós sentados, tios enchendo a cara; não. As festas de que gosto são as dos olhos, dos corações sinceros. Essas são as festas que acontecem com pouca gente: dez pessoas, cinco, duas, uma pessoa, você. Eu comemoro - e não passo sem isso - os meus aniversários com quem quero e como quero. Ora, vamos, aniversário é só uma vez por ano! Quero estar com quem me faz vibrar, transbordar de amor...
Mudei de década, agora. Já não mais pertenço à mesma velha fase. Disseram-me muitos: "está na flor da idade!". Disse-lhes eu: "na flor estamos todos, basta que queiramos"... Pensei nisso e mudei de idéia: acho que na flor não estamos, não. A flor é o resultado final de muitas etapas. Semeia-se, germina-se muita coisa. Em botão tudo é mantido até que surja afinal a bela flor. Não quero estar em flor assim, tão já. A flor não dura tanto quanto quero que dure eu! Quero ser flor, sim, num dia de hoje distante. Daí, desse dia de flor, vou começar a me despetalar por aí e espalhar meu pólen até que o tempo, senhor de todas as coisas, me transforme em simples perfume do que um dia existi. Mas por enquanto não. Por enquanto sou botão fechado, que só se abre de vez em quando para espiar lá e cá. Quero ser botão, meu caro. Receber e absorver cada raio de sol e gota de orvalho; sobreviver às lagartas e insetos; dançar com o vento, sentir o calor e o frio. E enfim receber satisfeita o beija-flor, quando ele vier.
Aniversariei. Aniversariar me deixa poética - mas uma poetisa daquelas bem fajutas, que não sabe direito como terminar um texto.
3 comentários:
Lembrando ainda que a flor, tão bela e vistosa, é o prólogo do fruto que alimenta e semeia.
Bom voltar a este jardim e encontrá-lo tão perfumado. Bem-vinda de volta, Nina.
Um beijo,
R.
Minha Fada flor, que blog lindo e florido com tempero da alma!
Lindo tudo isso que vc escreveu, e realmente a melhor festa é a da troca de olhares, to feliz!
Beijos no seu coração iluminado!
Dida
Great! ;-)
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