Estive pensando... Bastante, na verdade. Faz um tempão que não páro por aqui e que não escrevo sobre nenhuma bagunça mental que me ocorre. Mas, como ia dizendo, estive pensando... Olhando pro céu, o meu vício maior, as idéias me surgiram como música na mente - o que ocorre sempre e com a maior naturalidade. Quão grandiosa paixão o firmamento me causa! Podê-lo-ia facilmente comparar à vida de qualquer ser vivente: ora nublado, nebuloso, opaco; ora brilhante, estrelado, vívido. Está certo que isto não foi nada original e que não sou nem a milionésima pessoa a fazer tal comparação, mas foi um "estalo" que houve aqui dentro, bem lá no fundinho. Sempre tive isso de me sentir perdida tão logo algo houvesse de fora dos meus planos. Era coisa de ficar sem chão, realmente. Acho que quando tudo desabava eu me sentia completamente apagada do resto do universo. É fato que tudo desabou, nesses últimos tempos, e que qualquer coisa mais leve do que extrema confusão astral não era aceitável à situação em que me encontrava mergulhada. Mas olhando o céu... Olhando assim, com a atenção dantes constante, percebi que a beleza do céu não está nas estrelas, ou numa lua imponente, ou num sol de cegueira e queimadura. A beleza do céu está na existência e no mistério dele mesmo. O que é o céu senão algo que nos cobre as cabeças e que nos faz imaginar coisas mil? Ah, como é tão lindo! Ficaria uma noite inteira a admirá-lo, então, mesmo que com nuvens a esconder seus anéis e brincos de brilhantes. Simplesmente por saber que lá está - seja lá onde isso for. Estou me sentindo um céu, agora. E não preciso de estrelas pra que confirme minha existência, ou que exerça fascinação ou que provoque amor ou que imponha paixão. Auto-confiante? Verdade... Uma dose de céu e jovialidade faz isso com as pessoas...
Talvez eu esteja voltando. Quem sabe? Uma passadinha com tamanho narcisismo já é alguma coisa, não? ;)
Talvez eu esteja voltando. Quem sabe? Uma passadinha com tamanho narcisismo já é alguma coisa, não? ;)
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