Para começar, quando me propus a criar um blog, a idéia maior era a de não fazer dele um diário idiota. Pois bem, criei o flor-e-sendo e vi cair por terra tanta convicção. Ah, mas quem é que está ligando? Não deixa de ser um tipo de diário (ou semanário, ou mensário, ou anuário, que seja), mas não é um diário idiota e estou feliz com ele. A idéia do blog - e quem acompanha os posts periódicos já percebeu, espero - é a de mostrar evolução detalhada (porque "eu gosto das coisas bem explicadinhas, nos seus mínimos detalhes") em todos os sentidos com a escrita; mostrar um bocado das experiências e situações que (sobre)vivo. Com isso, vamos aos trabalhos:
Quem de nós nunca se viu numa situação limite, onde é extremamente necessária uma fuga desesperada, quem sabe, pra outro planeta? Bom, se você ainda não, que pena. Essa vivência muda em muito a vida dos seres mortais.
O ano que passou foi um dos mais conturbados e cheios de mudanças que já vivi, e o fim dele foi completamente insustentável. Decidi, num ato de coragem (woo hoo!), que sumiria do mapa, me isolaria, cairia fora, meteria o pé, daria linha na pipa desse mundo cruel por uns tempos, e que começaria este ano muito bem, obrigada. Aí veio a questão: como raios eu faria isso? O céu me mostrou o caminho, então arrumei as malas e fui. Não posso dizer que tive férias e descansei, porque na verdade isso só aconteceu durante o período de festas de ano novo, mas vou dizer que rejuvenesci uns 20 anos, mesmo trabalhando arduamente, como foi o caso.
Conheci muita, muita gente; muitas culturas, muitos pensamentos e idéias diferentes. Dei e recebi muitos sorrisos e "abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim"... Vi um jacaré tomando sol e também vários outros bichos exóticos (muitas baleias, com o perdão da má palavra) tomando sol. Levei tombos no escuro, levei tombos de riso, levei tombos de bêbada. Riso, muito riso. Ajudei a compôr uma música, a cantar essa música, a nomear e inaugurar uma praça, a cortar bambu, a fazer artesanato, a carregar malas, a matar a fome, a fazer carinho, a lavar roupa, a proteger da chuva, a banhar na chuva, a fazer peixe, a fazer história. Tanta felicidade gratuita que só sendo criança pra sentir e entender. Eu vi um céu... Que céu! Ah, aquele céu... Apaixonei-me todos os dias de manhã. E mais: apaixonei-me por mim todos os dias de manhã.
Ligações perdidas e esporros à parte, foram os melhores 40 dias da minha vida até agora. Volto dessa aventura com mais bagagem e menos idade (enquanto falando de sentimentos pessimistas e negativos em geral) do que quando parti com as malas na mão e olhando o céu indicador. Dizem que o ano no Brasil só começa de verdade após o carnaval, não é? Pois bem, então:
Feliz ano novo pra vocês e pra mim, back to the real world. E quando precisarem fugir de si mesmos me avisem, que eu digo exatamente onde vocês podem conseguir isso. Mas só se eu for com a cara de vocês, também, porque não são todos os privilegiados a conhecer esse lugar mágico, não. E tenho dito.
Quem de nós nunca se viu numa situação limite, onde é extremamente necessária uma fuga desesperada, quem sabe, pra outro planeta? Bom, se você ainda não, que pena. Essa vivência muda em muito a vida dos seres mortais.
O ano que passou foi um dos mais conturbados e cheios de mudanças que já vivi, e o fim dele foi completamente insustentável. Decidi, num ato de coragem (woo hoo!), que sumiria do mapa, me isolaria, cairia fora, meteria o pé, daria linha na pipa desse mundo cruel por uns tempos, e que começaria este ano muito bem, obrigada. Aí veio a questão: como raios eu faria isso? O céu me mostrou o caminho, então arrumei as malas e fui. Não posso dizer que tive férias e descansei, porque na verdade isso só aconteceu durante o período de festas de ano novo, mas vou dizer que rejuvenesci uns 20 anos, mesmo trabalhando arduamente, como foi o caso.
Conheci muita, muita gente; muitas culturas, muitos pensamentos e idéias diferentes. Dei e recebi muitos sorrisos e "abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim"... Vi um jacaré tomando sol e também vários outros bichos exóticos (muitas baleias, com o perdão da má palavra) tomando sol. Levei tombos no escuro, levei tombos de riso, levei tombos de bêbada. Riso, muito riso. Ajudei a compôr uma música, a cantar essa música, a nomear e inaugurar uma praça, a cortar bambu, a fazer artesanato, a carregar malas, a matar a fome, a fazer carinho, a lavar roupa, a proteger da chuva, a banhar na chuva, a fazer peixe, a fazer história. Tanta felicidade gratuita que só sendo criança pra sentir e entender. Eu vi um céu... Que céu! Ah, aquele céu... Apaixonei-me todos os dias de manhã. E mais: apaixonei-me por mim todos os dias de manhã.
Ligações perdidas e esporros à parte, foram os melhores 40 dias da minha vida até agora. Volto dessa aventura com mais bagagem e menos idade (enquanto falando de sentimentos pessimistas e negativos em geral) do que quando parti com as malas na mão e olhando o céu indicador. Dizem que o ano no Brasil só começa de verdade após o carnaval, não é? Pois bem, então:
Feliz ano novo pra vocês e pra mim, back to the real world. E quando precisarem fugir de si mesmos me avisem, que eu digo exatamente onde vocês podem conseguir isso. Mas só se eu for com a cara de vocês, também, porque não são todos os privilegiados a conhecer esse lugar mágico, não. E tenho dito.