12 de fevereiro de 2008

Retirada estratégica

Para começar, quando me propus a criar um blog, a idéia maior era a de não fazer dele um diário idiota. Pois bem, criei o flor-e-sendo e vi cair por terra tanta convicção. Ah, mas quem é que está ligando? Não deixa de ser um tipo de diário (ou semanário, ou mensário, ou anuário, que seja), mas não é um diário idiota e estou feliz com ele. A idéia do blog - e quem acompanha os posts periódicos já percebeu, espero - é a de mostrar evolução detalhada (porque "eu gosto das coisas bem explicadinhas, nos seus mínimos detalhes") em todos os sentidos com a escrita; mostrar um bocado das experiências e situações que (sobre)vivo. Com isso, vamos aos trabalhos:

Quem de nós nunca se viu numa situação limite, onde é extremamente necessária uma fuga desesperada, quem sabe, pra outro planeta? Bom, se você ainda não, que pena. Essa vivência muda em muito a vida dos seres mortais.
O ano que passou foi um dos mais conturbados e cheios de mudanças que já vivi, e o fim dele foi completamente insustentável. Decidi, num ato de coragem (woo hoo!), que sumiria do mapa, me isolaria, cairia fora, meteria o pé, daria linha na pipa desse mundo cruel por uns tempos, e que começaria este ano muito bem, obrigada. Aí veio a questão: como raios eu faria isso? O céu me mostrou o caminho, então arrumei as malas e fui. Não posso dizer que tive férias e descansei, porque na verdade isso só aconteceu durante o período de festas de ano novo, mas vou dizer que rejuvenesci uns 20 anos, mesmo trabalhando arduamente, como foi o caso.
Conheci muita, muita gente; muitas culturas, muitos pensamentos e idéias diferentes. Dei e recebi muitos sorrisos e "abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim"... Vi um jacaré tomando sol e também vários outros bichos exóticos (muitas baleias, com o perdão da má palavra) tomando sol. Levei tombos no escuro, levei tombos de riso, levei tombos de bêbada. Riso, muito riso. Ajudei a compôr uma música, a cantar essa música, a nomear e inaugurar uma praça, a cortar bambu, a fazer artesanato, a carregar malas, a matar a fome, a fazer carinho, a lavar roupa, a proteger da chuva, a banhar na chuva, a fazer peixe, a fazer história. Tanta felicidade gratuita que só sendo criança pra sentir e entender. Eu vi um céu... Que céu! Ah, aquele céu... Apaixonei-me todos os dias de manhã. E mais: apaixonei-me por mim todos os dias de manhã.
Ligações perdidas e esporros à parte, foram os melhores 40 dias da minha vida até agora. Volto dessa aventura com mais bagagem e menos idade (enquanto falando de sentimentos pessimistas e negativos em geral) do que quando parti com as malas na mão e olhando o céu indicador. Dizem que o ano no Brasil só começa de verdade após o carnaval, não é? Pois bem, então:
Feliz ano novo pra vocês e pra mim, back to the real world. E quando precisarem fugir de si mesmos me avisem, que eu digo exatamente onde vocês podem conseguir isso. Mas só se eu for com a cara de vocês, também, porque não são todos os privilegiados a conhecer esse lugar mágico, não. E tenho dito.

Antes, um aviso

Por favor, não levem ao pé da letra e nem sequer tentem encontrar sentido em muitas (muitas mesmo) das coisas que hão de ler aqui. Passei 40 dias num universo paralelo a este, onde tudo faz sentido, mas diferente. Acho que voltei desta mágica com umas coisas muito doidas na cabeça. Minha criatividade está um tanto quanto psicodélica, creio eu.

Desculpe, o quê?
Ah, sim, sim... Minha mãe sempre diz isso de mim. Pois é.

Tá bem, isso foi um surto e não um post. Desconsiderem, por favor.
Obrigada.

10 de fevereiro de 2008

Para as devidas desculpas

Bem, bem.

Sumi. Por isso venho agora com a maior das caras de pau desculpar-me com os queridos Nina (Fenômenos), Jaqueline (Perdida no mar) e Rodrigo (o divagador) pela ausência de resposta. E claro, também, a todos os que adoravelmente passam pra dar uma lidinha nas besteiras que eu escrevo sem a menor cerimônia.
Gente, realmente me foi impossível sequer logar aqui pra dar um olá. O fim (aliás, o completo ano) de 2007 foi um dos mais conturbados da história mundial e eu preferi fazer uma retirada estratégica afim de tentar mudar esta situação antes que isso se prorrogasse até o começo de 2008.
Funcionou. Mas sobre isso vocês vão ler, quem sabe, amanhã, quando eu retomar os "trabalhos" aqui.
Muito obrigada, mais uma vez, pelo carinho de sempre. E saibam que esse mesmo carinho me faz ter sempre mais zelo pelo que é escrito aqui.
"Eu tô voltando pra casa outra vez!"
Carinho,
Nina.