14 de junho de 2007

Sir Arthur Conan Doyle

( Meu prezadíssimo escritor - um dos favoritos -, A. Conan Doyle )

"No momento, nosso mundo de humanos é baseado no sofrimento e na destruição de milhões de não-humanos. Aperceber-se disso e fazer algo para mudar essa situação por meios pessoais e públicos, requer uma mudança de percepção, equivalente a uma conversão religiosa. Nada poderá jamais ser visto da mesma maneira, pois uma vez reconhecido o terror e a dor de outras espécies, você irá, a menos que resista à conversão, ter consciência das permutações de sofrimento interminável, em que se apóia a nossa sociedade."

Porque ele não só escreveu histórias do Sherlock Holmes...

5 comentários:

Rodrigo disse...

Como tantos bons intelectuais da virada do século passado, hoje pouco lembrados, Sir Arthur era muito eclético. Basta lembrar que ele escreveu a melhor História do Espiritismo sob a perspectiva anglo-saxã disponível no mercado editorial brasileiro.

Grande sujeito. Quisera tê-lo conhecido, ou, se conheci (afinal, eu sou reencarnacionista), lembrar disso. :-)

Um abraço,
Rodrigo.

Gabriel disse...

Infelizmente a imprensa da época não mediu esforços em ridicularizar este "ecletismo" do inefável Mr. Doyle. Reproduzo um trecho de um artigo no New York Times, de 1919, intitulado "Credulidade difícil de entender":

"Os admiradores de Sir Arthur Conan Doyle como escritor de histórias de detetive -- um grupo quase tão numeroso quanto o de leitores da língua inglesa -- têm razões para sentir um especial desgosto com o modo estranho, patético, como ele aceitou integralmente como realidade a interpretação "espírita" dos fenômenos da fala e da escrita em transe. Para os psicólogos modernos, esses fenômenos têm pouco de misterioso e nada de sobrenatural, e no entanto esse homem instruído e inteligente -- que conta inclusive com boa bagagem científica e filosófica -- fala de maneira muito parecida com os seguidores das irmãs Fox (médiuns notoriamente fraudulentas no século XIX)cinquenta anos atrás."

***

Triste uma imprensa tratar um gentleman de uma forma tão descortês, não?

ps: o trecho da reportagem foi retirado do OBRIGATÓRIO livro do Leslie S. Klinger (Sherlock Holmes, Edição Definitiva, Comentada e Ilustrada).

Rodrigo disse...

Olá, Gabriel e Nina.

Para desgraça de Doyle, houve um motivo extra para comprometer sua credibilidade além do fato de ser espiritualista (no caso, um espírita não-kardecista): um caso envolvendo supostas fotos de fadas, no qual ele defendeu a veracidade das imagens. Mais tarde, veio à tona que elas teriam sido falsificadas, o que não foi nada bom para Sir Arthur.

Uma pena, pois ele era muito mais do que um "crédulo", assim como as "fraudulentas" irmãs Fox foram muito mais que uma farsa.

Ah, os pecados da imprensa...

Um abraço,
Rodrigo.

Nina Braga disse...

Foi uma fraude um tanto quanto bem armada, para a época, devo acrescentar, Rodrigo. Pobre do Sir. Doyle, que não pôde distinguí-la de fato verídico.
Mas é aquela velha ladaínha de só se valorizar a quem já não mais vive.
Queria eu ter estado a viver na época do Sir Doyle... Perdoaria (aliás, quem sou eu para perdoar?) este equívoco em primeira instância. Grande gentleman...
Se estive com ele, não lembro. Droga.

Obrigada pela visita, senhores.

Anônimo disse...

coisas da imprensa, ne? aff!

o tempo passa e certas coisas continuam do mesmo jeito. o preguica!!!


bjinho, nina