17 de abril de 2008

A bela arte de sentir

Trabalho, trabalho, trabalho! Estudo, estudo, estudo! Evolução, evolução, evolução! E escrever, que é bom... "Tudo a seu tempo", dizem. Concordo. Se não tem o que dizer, não diga nada. Agora eu tenho:
Na ação cotidiana de olhar o céu de madrugada, sempre me surpreendo com toda aquela perfeição. Às vezes sou contemplada com uma estrela cadente, com uma faixa de nuvem, uma única estrela brilhando no meio de todo um céu nublado e, de vez em quando, inspiração. A inspiração dessa noite foi a Björk.

Ontem conversava com um amigo a respeito dela, este ser tão polêmico. Dissertávamos acerca da veracidade de tanta alternatividade. Eu acredito, ele não. Björk é alguém que me inspira e alegra, em muitos aspectos. Musicalmente falando, sou fã, apesar de muitos duvidarem da sua qualidade musical. Falando sobre atuação, ela é obviamente ótima; aliás, pra quem não conhece, "Dancer in the dark" é um lindo musical que vale a pena assistir. Em todo um conteúdo artístico, acho-a indiscutível (não venham discutir Björk comigo, por favor). Mas o que mais me satisfaz nesta peculiar islandesa (sim, Joe, islandesa!) é a emoção que transparece quando se trata de arte. A música dela não é só a música: é um conjunto de música + fotografia + performance pra explicar o que é tudo aquilo, na verdade. Tudo isso eu já imaginava, mas li no site dela a seguinte afirmação:
"The reason I do photographs is to help people understand my music, so it's very important that I am the same, emotionally, in the photographs as in the music. Most people's eyes are much better developed than their ears. If they see a certain emotion in the photograph, then they'll understand the music."
Björk, Index Magazine, july 2001.
Cara, é isso! É isso o que eu busco quando me apaixono por algum artista. É isso o que eu espero ter quando ligo o rádio ou ponho um CD pra rolar. Pessoas que fazem o que gostam de fazer, da maneira que gostam de fazer, expressando o que querem expressar pro mundo. Tudo bem que tudo isso pode ser pura "lorota" da Björk Guðmundsdóttir, mas prefiro acreditar que ainda existam pessoas que realmente se importam com a arte.
NX Zero que me desculpe, mas um viva à verdadeira música, aquela que não se influencia por opiniões e sai intocada da alma de um ser privilegiado pela sensibilidade e o talento. Quando eu crescer, vou mudar meu nome pra Björk e passar a usar roupas de cisne.

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